31 de janeiro de 2008

"Are Darwin’s Theories Fact or Faith Issues?"

There's a myth going around that there are no stupid questions. Well, this is a stupid question.

PZ Myers referindo-se à pergunta de Geoffrey Simmons que dá o título ao debate radiofónico que estou a ouvir, em directo.

Ah, como eu gostava de ser inteligente e ter uma vida interessante...

O Problema

lov3

Ele está lá: forte, inabalável. Maciço. Duradouro. Não gasto, nem enferrujado, mas temperado pelos anos. À vista de todos, outrora assumido orgulhosamente de comum acordo.

Mas, ainda assim, continua. Lá. Os dois.

A merda é estar de costas voltadas.

*Esse* é o *único* problema. Tão irresolúvel quanto inevitável.

(escultura de Robert Indiana, há dias, junto ao Rossio)

30 de janeiro de 2008

Beam me up, Scotty

A única série que tenho conseguido (e querido) acompanhar na televisão é a Odyssey 5. Há uns anos aconteceu a mesma coisa com a série Lexx.

Acho que gosto de coisas que envolvam espaço, aventura e vidas lixadas pelo fluxo espaço-tempo: digamos que me identifico com os enredos, em particular na parte do vidas lixadas.

O ambiente que se f*d*

Divorce is increasingly common around the world. Its causes, dynamics, and socioeconomic impacts have been widely studied, but little research has addressed its environmental impacts. We found that average household size (number of people in a household) in divorced households (households with divorced heads) was 27– 41% smaller than married households (households with married heads) in 12 countries across the world around the year 2000 (between 1998 and 2002). If divorced households had combined to have the same average household size as married households, there could have been 7.4 million fewer households in these countries. [link]

Os acontecimentos, por definição, acontecem. Consoante a forma como são interpretados ou o prisma pelo qual são observados, torna-se então possível aferir da existência de padrões ou chegar a determinadas conclusões.

Um desses padrões ou conclusões, caso tais eventos se sucedam de determinada forma ou culminem num certo resultado, por exemplo, venham a resultar em algo desejado pelo observador, pode muito bem ser designado como coincidência.

Por isso, *há* coincidências.

Hoje, todo um encadear de eventos e atitudes das mais díspares pessoas acabou no, quase literalmente, entregar da vítima na boca do lobo. Combinámos um café. Auuuuu....

28 de janeiro de 2008

Rapidinhas do dia 28.01.2008

Até que enfim

Depois de uma catrefada de estádios de futebol, a maior tarte de castanha do Mundo (ou coisa que o valha), o maior Pai Natal articulado da Europa, certamente o maior número de comentadores desportivos licenciados per capita e outros avanços civilizacionais do género, vêm aí os Dez Maiores Charcos de Água Estagnada da Europa:

«Estas dez foram escolhidas, mas houve 14 ou 15 que foram excluídas por suscitarem problemas muito complexos e considerados praticamente insuperáveis», explicou Nunes Correia que sublinhou a forma «muito criteriosa» como estas foram escolhidas.

Já era tempo de alguém se lembrar de afundar esta merda toda mas, é claro, sempre de forma muito criteriosa - ou seja, pressupondo que entretanto nos cresçam guelras.

27 de janeiro de 2008

António Nobre estava errado

Nunca ninguém está verdadeiramente .

Quem não acredita no sobrenatural, sobretudo em mitos criacionistas e messiânicos, as nossas companhias têm uma particular propensão para ser de carne e osso: a família, os amigos, o/a outro/a, os colegas, o tipo da contabilidade a quem amanhã muito provavelmente irei às trombas, o guarda do estacionamento, a multidão sem nome que qual onda varre os passeios, os centros comerciais, as avenidas, nos dá encontrões nos transportes públicos, visita as nossas páginas na web...

É mais ou menos por aqui que os mais cépticos em relação ao meu cepticismo contrapõem: então e quando estás sozinho de molho? Quem vela por ti? Hã?

A resposta que procuram torna-se óbvia - querem ouvir destes lábios perfeitamente esculpidos por gerações de evolução genética aquilo que, naturalmente, não pronunciarei.

Insistem: não te preocupes, mesmo que não acredites, ele está a olhar por ti. Misericordioso e omnipresente, ele cuida de ti.

Chegado a este ponto, das duas uma: ou é a minha tia Laurinda que está a falar comigo, e aí dou-lhe um beijinho de boa noite, ou então o mais provável é o meu interlocutor ser directa/ subtil/ sarcasticamente mandado à merda, conforme o caso.

Mas sim, parece que está mesmo em todo o lado [ligações para jesus visto numa batata, num bloco de granito e em sítios diversos, como fugas de água e ecografias]

Enfim...

Já 'tá!

Há muito que não lia um livro em menos de 24 horas, mas este até que era pequenito, não chegando às 400 páginas: o Bons Augúrios, referido no post anterior, é absolutamente divinal.

Trata-se da história do Armagedão e de como tudo começou a dar para o torto, através das aventuras e, sobretudo, desventuras de duas entidades sobrenaturais, o anjo Aziráfalo e o demónio Crowley.

É claro que pelo meio aparece o Anticristo, os cavaleiros motoqueiros do Apocalipse, os que queriam ser motoqueiros do Apocalipse (lembro-me do Pisar Merda de Cão), bruxas, caçadores de bruxas, as boas das freiras satânicas e muitos outros personagens absolutamente desvairados.

Humor e inteligência a rodos, numa escrita escorreita e cheia de referências cruzadas, de Hieronymus Bosch a Queen, passando pela inevitável Bíblia (em múltiplas versões, conhecidas e desconhecidas, destacando-se aquela a que chamararm a Bíblia Que Se Fornique Isto Tudo).

Na net dei com várias páginas dedicadas em exclusivo à obra, mas não resisto a deixar aqui uma das resoluções de ano novo do angelical Aziráfalo:

Resolution #10: On the orders of Head Office I will encourage the belief in Intelligent Design – despite the fact that the human airway crosses the digestive tract. Who thought that was intelligent?

25 de janeiro de 2008

Ominoso

Quando um gajo acorda às seis da manhã, chega à cozinha estremunhado, liga a televisão e a primeira coisa que ouve é algo como «uma faca não é o ideal para cortar os tomates», só pode pensar que isso não augura nada de bom.

Mas dois factos ocorridos ao longo do dia vieram tranquilizar-me quando à hipótese de suceder (mais) uma catástrofe existencial (e mesmo anatómica).

Primeiro, à rasquinha para mictar depois de um litro e meio de água (não perguntem, foi uma aposta parva e não vou entrar em detalhes) entro pelo cúbiculo sanitário adentro apenas para esbarrar com uma então em movimento ascendente... gaja. A sério. «Ah, e tal, a das mulheres estava cheia, suja e não sei o quê, e isto como  é tudo igual... Até à próxima, quiducho ;-)» [Sim, piscou-me o olho]

Depois, mais tarde, percorrendo desinteressadamente com o olhar um expositor numa livraria dou com Bons Augúrios, de Neil Gaiman e Terry Pratchett. Como é que esta *extremamente* divertida obra sobre o Apocalipse foi escrita há 18 anos e eu nunca dei por ela?! Imperdoável. Vou devorá-la no fim de semana e depois ver se apanho o original em inglês.

E vou-me.

24 de janeiro de 2008

Será que era a tal?

Isto há coincidências do catrino, e se às vezes as coisas correm bem, às vezes nunca saberemos como é que as coisas poderiam ter corrido.

Por imperativo da minha (e de outros) impossibilidade de ubiquidade, não pude estar presente numa reunião, fazendo-me substituir por um colega.

Não é que essa besta veio de lá com um sorriso de orelha a orelha a dizer que tinha estado com a mulher que seria, sem qualquer margem para dúvida, a *minha* mulher ideal, cara metade e não sei o quê?

Pela descrição, até que marchava - como também seria bem provável eu não aturar a *personalidade* dela. A certeza do caramelo vem na sequência de meses de conversas que temos tido sobre a vida, experiências, passado, futuro, perspectivas, projectos e, naturalmente, mamas.

Mas onde eu quero chegar é: quantas vezes as coisas nos passam ao lado e quantas deixamos escapar o que está mesmo à frente do nosso focinho?

Será que o desencontro de hoje foi para possibilitar *o* encontro amanhã com aquela que será mesmo *a* tal ou, mais provavelmente, a de hoje *é* que era a tal e o que se passou foi mais uma traiçoeira rasteira do destino no eterno devir de me lixar paulatinamente a minha cada vez mais fenecente existência?

Dúvidas, dúvidas...

Ui.

Já não é grande coisa começar a identificar a nossa situação pessoal com a letra de uma música; então tratando-se de António Variações, a situação torna-se preocupante; agora se ainda por cima o clique da identificação ocorreu ao ouvir a versão dos Íris, aí é que é o descalabro.

Faith Fighter!

Divindades à porrada.

(via Pharyngula)

22 de janeiro de 2008

Aprender com a experiência alheia

In the spring of 05 my wife left me to go off with a fellow hunter. Like all right-thinking fellows in such a circumstance I assumed she must have become deranged after 25 years of bliss, but after a year it started to dawn on me that she might have gone for good!

Um artigo giro do Telegraph, que retrata o calvário de um divórcio por causa do caralho dos advogados. Eu disse caralho dos advogados? Foda-se, isto está mesmo mal se estou a chamar os bois pelos nomes.

Bem, a moral da história é que mais vale levar as coisas a bem e arranjar o mínimo de confusão possível: a coisa há-de se resolver mais cedo ou mais tarde, e quanto mais rápido melhor e mais barato.

A reter...

180.º

Sinto-me, digamos, epistemologicamente fodido.

Qaundo comecei este post era para declarar, de forma mais ou menos ambígua, que este blogue (e o dono) ia entrar numa fase mais ou menos suspensa assim a puxar para a extinção, só para não o(s) abandonar à má fila ou apagá-lo de repente à porco como tenho feito com outros.

Hoje foi um daqueles dias - e, ainda por cima, acho que estou a apaneleirar: consigo perceber um diálogo, seguido de discussão e, por fim, concórdia, entre as cordas e o piano no Faraway, dos Apocalyptica, instrumentos esses postos na ordem pelos acordes eléctricos embalados por uma percurssão determinada - mas atenção, isto na versão estritamente acústica, não naquela sonoramente fodida de forma inadmissível por uma qualquer bimba sueca chamada Linda Sundblad.

Eu sei, isto está assim tão mal: sentir música e chamar bimba a uma nórdica.

Bem, melhores dias «hádem» vir. Para já, o caminho da extinção deste que vos escreve arrepiou 180.º. Vamos lá ver o que isto ainda dá.

Mas que estou fodido, lá isso estou.

21 de janeiro de 2008

Eu sabia! Eu sabia!

O meu dia de aniversário tinha de estar ligado a algo muito especial.

(não, não andei na net à procura de badalhoquice - por acaso foi o Jumento :-P)

20 de janeiro de 2008

Best. Quote. Ever.

Contrary to widespread belief, only two very specific types of people flirt: those who are single and those who are married.

O flirt, o galanço e afins: como, quem e porquê, num artigo da Time.

Posso torrar no inferno, mas...

15 de janeiro de 2008

Resposta "ao gajo tu sabes quem"

A razão pela qual não mando piadolas, bitaites, indirectas, invectivas, ironias, sarcasmos ou farpas relativamente à actualidade social, política ou o catano neste blogue resume-se a uma razão, que por facilidade de exposição passarei a demonstrar nas suas diversas componentes:

  • Isto é um blogue pessoal: pelo menos na acepção que esteve na sua origem. Escrevo o que me apetece e quando me apetece, independentemente das seis alminhas que aqui vêm diariamente em busca de novas; caralhadas sobre aeroportos, metros submarinos e amigalhaços nas altas esferas políticas e económicas sempre houve e sempre há-de haver, bem como milhares de pessoas conhecidas (cuja publicidade da opinião interessará apenas pela visibilidade e respectiva associação a um rosto, nem sempre pelo conteúdo) a falar sobre elas, não sendo obviamente necessária mais uma piadinha sem graça com segundos (ou mais) sentidos escrita por quem é conhecido apenas como um avatar em cuecas com um sabre de luz.
  • Sinceramente, achas que tem alguma graça andarmos a ser enrabados dia e noite, a toda a hora, por um sistema surreal, com leis idiotas, governantes asininos, opinion makers mononeuronais, toda uma cambada de incompetentes com o poder de nos foder a vida com um simples estalar de dedos e acabar, no fim de contas, a gozar connosco próprios, utilizando piadinhas idiotas com Otas, pântanos e afins, como paliativo ou sedativo da nossa própria incapacidade de reagir e fazer o que quer que seja que não ficar sentados a olhar para um monitor e rir alarvemente da nossa própria ignorância? Eu não.
  • Sim, acho os Fedorentos intragáveis: aliás, numa sociedade cada vez mais idiota, são o seguimento natural e ideal à sagrada trilogia de Família, Futebol e Fátima - deprimente, constatando-se que nada mudou em cem anos - um século, pá. Não me interpretes mal - não tenho nada contra os putos que, no fim, são quem goza também com tudo isto - connosco, a pagar-lhes para isso. Achas que eu devo achar graça? Eu não.
  • A ficção nunca consegue superar a realidade: a naturalidade com que esta nos surpreende a todo o momento sobrepõe-se, inevitavelmente, a qualquer jogo de palavras ou graçola que queiramos construir.
  • Preciso de espairecer - ler e escrever sobre coisas que permitam evitar a constante omnipresença de uma realidade caduca. Como sabes, estou a tratar de uma série de projectos que permitem que isso vá acontecendo, com tempo.
Tudo isto somado permite chegar à síntese que é a resposta à tua pergunta: a razão pela qual não perco tempo a escrever piadolas sobre isso é porque me estou, real e solenemente, a cagar para isso, porque tenho mais que fazer.

Pronto, aí tens. Até amanhã. Ah - hoje vi-a: estava superiormente fantástica; um dia destes, tufa ! :-)

Aquele abraço.

Quanto aos outros que se descuidaram a ler isto, bem, paciência.

11 de janeiro de 2008

Post de fim de semana

E pronto, é isto.

Lá fora

Alguém esqueceu-se de algo:
A telephone company cut off an FBI international wiretap after the agency failed to pay its bill on time, according to a U.S. government audit released Thursday.

O consumidor que processa o dealer:

A Canadian former drug addict has successfully sued the dealer who supplied the crystal methamphetamine that triggered a heart attack and put her in a coma for 11 days, the Times reports.

Coisas simples

Nunca tinha visto The Spy Who Came In From The Cold - conhecia a história por alto, nunca me preocupei muito com isso.

Mas numa destas últimas insónias dei com o olhar perdido de Richard Burton a entrar-me pela sala adentro, de seguida logo tranquilizado pelo rosto cândido de Claire Bloom, emanando uma ingenuidade e entrega que só se vê mesmo nos filmes.

Nunca tinha visto o fim - retenho-o agora como o expoente máximo da noção de fim - quando já nada vale a pena porque tudo o que nos movia acabou.

10 de janeiro de 2008

Os animais...

Esses nossos amigos que podem ou não existir mas que à cautela têm protecção legal:
And here’s our big star, the diva of the cryptid world: the Loch Ness Monster. Not only did Nessie get protection from poachers under the provisions of the Scotland’s 1981 Wildlife and Countryside Act, which makes it illegal to snare, shoot or try to blow her up, but the old girl helped out one of her distant relatives in the process.

Como...

Como é que se diz a uma portageira que é, indubitavelmente, uma das cinco mulheres mais bonitas que alguma vez vimos? Como é que dizemos a alguém que mal nos olha que tem a pele do mais alvo branco que já contemplámos? Como é que se diz a quem passa horas encarcerada num minúsculo cubículo que a sensualidade da sua voz não tem explicação? Como dizer àquela que nos toca furtivamente quando recolhe o ticket quão superior é o conforto e o prazer que nos transmite? E, quando o fizer, será oportuno referir-me logo ao magnífico par de melões?

Orgásmico :-D

Isto agora é de borla para uso doméstico!

[Estou a falar do FeedDemon, como é óbvio]

"Tu, aqui?!"

"Olha quem fala!...":

A Polish bloke got a bit of a shock when he decided to nip out to a brothel - his missus was among the establishment's employees.

Mongos, mongos, mongos...

A five-year-old boy was taken into custody and thoroughly searched at Sea-Tac because his name is similar to a possible terrorist alias.
Ah, Amerika, Amerika...

9 de janeiro de 2008

Ah, Senhor, perdoai-lhes que sabem fazê-lo como ninguém

Gajo Ambiental. Amtriental, mesmo.

Há dias no Esgravatar dei lá com qualquer coisa verde (not grass related, though), na altura tentei deixar um comentário para referir a minha principal fonte de informação verde (não erva), aquilo estava meio marado, não ficou, mas agora surgiu uma oportunidade de publicar um post ecológico, bem simpático por sinal. Pronto, a minha boa acção do ano.

Catita

Um novo sentido para blogar até morrer; no caso,até depois:
"Milblogging" is new enough that it's still easy to set milestones for the genre, and two recent blogs have done just that. Both are posting messages from beyond the grave, but the postings are separated by nearly a century.

Porcos fluorescentes

Se não visse não acreditava, mas é que não dá mesmo para não ver:
A pig genetically modified in China to make it glow has given birth to fluorescent piglets, proving such changes can be inherited, state media said Wednesday.

Cortesia profissional

9 da matina, dia complicado pela frente:
Eu Ele: Queres ir mamar qualquer coisa?
Ela: Boa ideia, vamos!
Eu Ele: Importas-te de tomar o pequeno almoço primeiro?

8 de janeiro de 2008

O meu computador conhece-me

Ao reiniciar disse-me algo como «necessária verificação da consistência do sistema».

Oh, pinião...

Depois de ter de gramar com três ou quatro edições de revistas semanais para pessoas inteligentes, tipo informativas, actualidades e as últimas do mundo artístico e intelectual, com colunistas de artificialmente insuflado gabarito e crónicas de última página e mais não sei o quê, sou forçado a concluir que os respectivos conteúdos - revistas em geral, colunistas jet set pensante em particular - não só não interessam nem ao menino jesus, como também não valem um caralho.

Morto por te aquecer

Começo a achar que os bifes têm um sério problema com crematórios:

A Manchester crematorium where "grieving friends and relatives have complained of the cold during services" will tackle the problem by using the "body heat" generated in the incineration process to crank up the temperature, the Telegraph reports.

Our house, was our castle and our keep

I remember way back then when
Everything was true and when
We would have such a very good time
Such a fine time
Such a happy time
And I remember how we'd play
Simply waste the day away
Then we'd say
Nothing would come between us
Two dreamers
Madness / Our House

Abomino nostalgias. Aliás, temo olhar para trás e ficar por lá, com tudo aquilo que ainda há por viver, por criar, por descobrir. Ah, e filosofias baratas tipo powerpoint interminável em pt_BR com ursinhos psicadélicos.

Mas o que me fez repescar esta estrofe dos Madness neste centésimo post foi tentar perceber onde está o momento: aquele instante em que as coisas deixam de ser simples e agradáveis, em que deixamos de ser uns jovens gadelhudos para nos transformarmos em carecas gordos e repelentes, em que perdemos a sensação de conforto e segurança em outrem e temos de ser nós a providenciá-los, o momento em que... temos de estar por nossa conta. Ah, é isto.

7 de janeiro de 2008

Post 99

Já?
Fdx, tanta coisa aconteceu em 99 postas...

Agora, o título a sério:

A pergunta que se impunha

Por razões que agora não vêm ao caso, e porque os amigos são para as ocasiões, um deles sugeriu-me espairecer um bocado, passar umas mini-férias, mudar de ares, desanuviar a cabeça e tal. Prometeu até arranjar-me uma companhia agradável, pessoas disponíveis, interessantes e, sobretudo, no prudente julgamento dele (aliás, podre de gay, e os gajos disso percebem) boas como o milho, podendo eu optar por uma médica, uma veterinária ou uma enfermeira.

Agradeci-lhe:

- Ó pá, por enquanto não, ainda não me sinto à vontade para isso. Mas, já agora, por acaso não conheces ninguém que não mexa em agulhas, não?

6 de janeiro de 2008

Título? Olha, pró #"%&/#$.

Isto não anda muito bem. Nada, nada, nada bem.
Desde já as minhas desculpas a quem cá vem à procura de palhaçada, trocadilhos com mamas e inuendos de cariz sexual a propósito de tudo e de nada e tem de mamar com um post sobre criptografia aplicada.
Mas, que diabo, é também aquilo que faço e sou.
E se peço desculpa é porque gosto de todos e cada um que cá vem e se dá ao trabalho de ler ou comentar o que aqui encontra. Porquê, se nunca os vi mais gordos?
Porque, sei-o* agora, compensa mais gostar facilmente de quem não se conhece do que ficar a conhecer verdadeiramente quem se gosta.
A vida é fodida.

*Ó pró trocadilho com mamas :-)

É, não é?

crypto

Handbook of Applied Cryptography, de A. Menezes, P. van
Oorschot e S. Vanstone, CRC Press, 1996

5 de janeiro de 2008

Sexo, sexo, sexo? Náa, muito melhor :-)

Um dia destes postei qualquer coisa sobre o Grazr, qualificando-o como melhor que sexo.

Pois agora não está sozinho (fazendo jus a alguém que, obviamente desconhecendo Woody Allen - e a vida...-, me dizia serem as discussões como o sexo - são precisos dois, não se pode fazer sozinho): o meu novo brinquedo chama-se Tumblr.

Trata-se de uma plataforma de miniblogging, ou tumblog, ideal para postar pequenas coisas; é claro que as possibilidades são infinitas, a personalização do template é a 100%, com um editor jeitoso, donde também se poder postar grandes coisas.

Tem uma integração fantástica com o browser a partir do qual, com um simples clique num bookmarklet, podemos postar automaticamente qualquer coisa, página ou parte de página como texto, foto, video, mp3, citação ou hiperligação.

Pode ainda postar-se qualquer coisa via MMS sem qualquer tipo de espiga.

Tem também uma componente social, sendo possível seguir as postagens de outros tumblers; é giro, encontra-se muita coisa.

Absolutamente catita, supimpa e visceralmente intuitivo.

E é bonito, catano!

Ó si, si, si!!!!...

4 de janeiro de 2008

3 de janeiro de 2008

Nã...o

Ao observar o meu filho constato que, com a idade, cada vez se torna mais imperioso e, simultaneamente, mais difícil dizer não.

A miríade de situações com que nos vamos deparando ao longo da vida e o consequente acréscimo de responsabilidde a elas associadas faz com que as recusas se tornem progressivamente mais complexas que o simples não querer ir fechar a luz ou lavar os dentes e as consequências bem mais gravosas que uma leve palmada no rabo ou três dias sem ver o canal Panda.

Por qualquer estranha razão, o sim parece, agora, associado a coisas mais libidinosas, infelizmente social e moralmente censuráveis.

Mas isso sou eu.

Post off-character

Olá, sou eu, o autor do blogue.

A esquizofrenia autoral é algo complicada, sendo que este blogue nasceu apenas para dar um rosto paginado a um tipo que comentava, sobretudo no asterisco*, precisamente sob o nome gajo dos abraços.

Depois lá fui plantando um post ou outro, uma ou outra tentativa de fazer um blogue pessoal que não envergonhasse os pais, mas em pouco tempo isto ajavardou e da empenhada tentativa da autoria pessoal, o blogue passou rapidamente para o (des)controlo e domínio total d' O Gajo.

É claro que há coisas em comum entre mim e o Gajo, mas acreditem que este último não é pessoa que gostassem de apresentar às vossas filhas. Vendo bem, as diferenças nem são tantas como isso.

Pensando ainda melhor, agora que falo nisso (já agora, o 'nisso' é um óptimo sítio para pôr o falo), até só me ocorre que eu escrevo em itálico, o outro não.

Ó caraças...

2 de janeiro de 2008

New year's revolutions

Agora reparo que este blogue já tem uma carrada de meses: conseguiu mesmo ultrapassar a barreira psicológica dos três posts, por onde se quedaram todas as minhas outras 19.375 tentativas de permanência, reconhecimento e sucesso blogosférico.

Que diabo, sobreviveu mesmo a uma passagem de ano.

Recordo agora o avatar original: um tipo tristonho, com uma camisa verde desfraldada, olhos raiados de sangue, língua de fora, cabelos castanhos desgrenhados sobre os quais pairava uma santa e luminosa auréola dourada para atestar o carácter impoluto e incólume deste que vos escreve.

De certa forma, o retrato de um estado de espírito instantâneo, que se materializou naquele pequeno quadrado virtual sob aquela figura patética e desajeitada.

Mas, como diz essa mole informe e anódina sintetizada etimologicamente nas quatro letritas 'p','o','v' e 'o', ano novo, vida nova.

A minha resolução de ano novo é que 2008 vai ser o ano da revolução: acabou-se o tipo cabisbaixo, boa onda, simpático ao ponto de o confundirem com banana, enfim...

O Gajo morreu, viva o Gajo: agora um poderoso jedi executivo sensível de roupa interior sensual e com um potente sabre luminoso.

May the force be between your legs, baby!

Desculpem, ainda é do champagne.