29 de fevereiro de 2008

... tem muita força.

Obrigado pelo apoio aí de cima, ó tu-sabes-quem.

28 de fevereiro de 2008

O que tem que ser...

Pese embora a relativa sanidade que perpassa por estas linhas escritas ao longo dos últimos meses, não deixando outra impressão que não ser o seu autor um verdadeiro guru do sexo, o que é certo é que isto não anda nada bem.

A partir de hoje, medicação intensiva, devida e legitimamente receitada por quem acha que isto está quase a dar as últimas, sendo que os efeitos secundários são ejaculação retardada (extremamente positivo) e dificuldades na erecção (o que já não me parece lá muito bem), sendo que, não conseguindo levantá-lo, acaba por não me interessar por aí além a que horas é que a coisa vem.

Avisaram-me que a primeira semana é do cacete.

Calha mesmo bem, numa altura em que... ah, esqueçam.

Envelhecer é...

Receber às dez da noite um SMS da miúda que engatámos e só lê-la na manhã seguinte porque já estávamos a dormir.

26 de fevereiro de 2008

As delícias de uma inebriante loucura

- Dr. Gajo, o Sr. De Administrador informou-me agora não lhe ser possível estar na reunião com o cliente Tal.
- Sim, tenho uma ideia do que isso seja, mas não sou eu que estou a tratar da conta, por isso...
- Pois, como o Dr. X teve um imprevisto e Sr. De Administrador sabe que o Dr. tem noção do que se trata e que não será correcto desmarcar à última da hora, dada a importância do cliente Tal...
- O quê, eu é que vou?!
- Dr., temos plena confiança em si - aliás, o cliente Tal também, tendo até sido o Dr. que os trouxe para a nossa empresa.
- Estou apenas um pouco apreensivo, só isso.
- Mas Doutor Gajo, não será propriamente a sua estreia, não é? A sua experiência é a mais-valia e segurança com que queremos contar neste momento.
- [grande suspiro] Não é isso... é que em breve vêm-me buscar, sabe? A nave mãe está quase a entrar em órbita e, após scan do prédio, detectará quem, exactamente, bebeu seis cafés e meio, mexidos com um pauzinho de canela. É o código para me teletransportarem. Mas devo ter tempo para fazer o trabalho dos outros. Recorde-me, quantos milhões de euros é que vale o negócio?

Oh yeah!

I still got it, baby!

25 de fevereiro de 2008

Não sabe, não mexe, não estraga

Nos últimos tempos, após várias tentativas deprimentes, cheguei à conclusão que a melhor técnica de engate é mesmo não abrir a boca, fazer um ar sedutoramente pateta e esperar que me desapertem o cinto.

24 de fevereiro de 2008

Se conduzir, acredite

Uma notícia gira:

Em Setembro de 2005, Baljinder Badesha, um sikh a viver no Canadá, comeu com uma multa de $110 por conduzir a moto sem capacete, apenas envergando o tradicional turbante.

Não gostou e, alegando que a sua convicção religiosa impede-o de sair à rua sem o turbante, apesar de ciente das razões de segurança na base de tal exigência legal, ainda assim privilegia a convicção religiosa. Numa questão que já passou para o campo dos Direitos Humanos e o catano, espera-se uma decisão no dia 6 de Março.

Como já li algures, há-de haver bancos de órgão aos pulos de contentes.

É claro que a expressão convicção religiosa é sinónimo das maiores idiotices que se possam imaginar: cada qual puxando a brasa à sua sardinha, arroga como direito inalienável o exercício de um qualquer ritual estapafúrdio sem qualquer outra fundamentação racional, lógica, prática ou sequer construtiva merecedora de um mínimo de simpatia.

Se coisas como não trabalhar em certos dias, jejuar em determinados períodos, não ingerir certos alimentos ou bebidas apenas possam afectar os lunáticos que o defendam, até aí tudo bem; o mal está naqueles tontos perigosos que não hesitam em deixar um familiar morrer por recusarem transfusões de sangue por razões religiosas - e num sistema que tem a triste ideia de considerar razões religiosas como causa justificadora do que quer que seja, mormente daquelas inanidades.

E isto acontece muito mais frequentemente do que se possa julgar - não se trata apenas de um episódio de uma qualquer série.

23 de fevereiro de 2008

Eu QUERO este livro

Your Inner Fish - A Journey into the 3.5-Billion-Year History of the Human Body - Neil Shubin

Why do we look the way we do? What does the human hand have in common with the wing of a fly? Are breasts, sweat glands, and scales connected in some way? To better understand the inner workings of our bodies and to trace the origins of many of today's most common diseases, we have to turn to unexpected sources: worms, flies, and even fish.

Neil Shubin, a leading paleontologist and professor of anatomy who discovered Tiktaalik—the "missing link" that made headlines around the world in April 2006—tells the story of evolution by tracing the organs of the human body back millions of years, long before the first creatures walked the earth. By examining fossils and DNA, Shubin shows us that our hands actually resemble fish fins, our head is organized like that of a long-extinct jawless fish, and major parts of our genome look and function like those of worms and bacteria.

Entretanto, uma absolutamente interessante entrevista aqui [audio].

Nunca é demais repetir

Humans aren't especially good at monogamy. Evidence gathered from surveys and paternity tests suggests that 25 percent of women and 30 percent of men cheat on their spouses at least once during marriage. The evolutionary reason that men cheat is pretty simple: to father as many children as they can. It's more complicated for women, who can only give birth so many times. The quality of the child, then, wins over quantity. Because men with the best genes aren't always the most stable and resourceful partners (they don't have to be), women might marry the latter but cheat with the former. Then they can become pregnant with a genetically superior child who will, if her mother can pull it off, grow up with the help of her unwitting spouse.
No fundo, como sempre e óbvio, a culpa é *delas*:
The old adage says that a wife can't change her husband, but the truth is that women for thousands of years have been shaping one crucial male attribute: sperm. Men tend to produce as many sperm as possible as quickly as possible, a manufacturing decision that sacrifices quality control: Their sperm are frequently mutated or deformed as a result. Why, then, do men make millions of sperm at once? Because they're adapting to ward off the effects of women's frequent cheating, according to a paper published in December in the Journal of Theoretical Biology.
Slate, 13.02.2008

Então, resumindo, eis os fundamentos do chamado encornanço:
  • É a evolução, estúpido: há que reproduzir para assegurar a continuidade da espécie - com quem, ou quantas, é uma mariquice com que a sobrevivência não se pode compadecer;
  • A culpa é do gajedo: querem reproduzir com gajos tipo Clooney mas criar o rebento com totós insuspeitos que lhes ofereçam estabilidade e segurança - vulgo bananas.

22 de fevereiro de 2008

Modelo Paternal

É quase indescritível a expressão do meu filho, olhos arregalados, boca aberta de espanto, em forma de sorriso e profunda admiração, um brilhozinho nas retinas e um quase sussurrado e animado por um profundo e carinhoso «Uauuu, Pai!...», num misto de respeito e veneração quando, para gáudio do petiz, lhe demonstrei pessoalmente ser humanamente possível arrotar o abecedário.

Avô Cantigas, beat that!

19 de fevereiro de 2008

Sotaque quê?

Mal tinha eu embarcado no idílico post anterior, fruindo e gozando os prazeres platónicos da contemplação e, até, alguma proximidade de um objecto de desejo dez (vá la, catorze) anos mais nova que eu, quando alguém que já não é tão nova como isso e vive algures numa província a Sul da Galiza (creio que lhe chamam Minho, mas acho que nem sequer vem no mapa) tem o desplante de, acicatando a minha mais profunda indignação, dizer que tenho um sotaque... lis... lis... lisboeta.

Chama-se português, pá.

Jks ;-P

18 de fevereiro de 2008

17 de fevereiro de 2008

Excitantocologia

Vibrador alimentado a energia solar - aguenta 2 horas e meia.

15 de fevereiro de 2008

British Humour

Uma das minhas fontes preferidas de notícias estapafúrdias é o The Register - não só pelo conteúdo, mas pela subtileza e ironia com que os disparates deste mundo são descritos.

Por isso aqui fica mais uma:

Nobody could have predicted that the plans of a woman in Germany to auction herself online for anonymous sex with six different men could go wrong. Even the noblest of intentions have their ways.

... e outra:
Derbyshire Police are looking for a "badly scorched" wannabe copper cable thief who decided it was a lucrative idea to hacksaw through an 11,000V power line, Reuters reports.

14 de fevereiro de 2008

Mmmmm...

Os suecos têm duas coisas de bom - suecas e investigação pediátrica:

Active father figures have a key role to play in reducing behaviour problems in boys and psychological problems in young women, according to a review published in the February issue of Acta Paediatrica.

E a cereja no topo:

Children who lived with both a mother and father figure also had less behavioural problems than those who just lived with their mother.

Tás a ver, teimosa? Agora, olha...

13 de fevereiro de 2008

Backfire

Há uma certa sensação de retribuição karmica quando tentamos engatar a pediatra à custa do puto:

Pediatra: E a barriguinha, está boa?
Filhote: Sim, mais ou menos...
Pediatra: Dás puns?
Filhote: Sim! E o papá também!
Pai: ?!??!?
Pediatra: Claro que sim, toda a gente os dá!
Descendente prestes a ser deserdado: Sim, mas o papá dá mais!
Pai vermelho que nem um tomate: Pera lá, mas tu ganhas!...
Criança a caminho da adopção: Não, não, ganhas tu!
Pai em regressão desesperada: Não, pá, ganhas tu vezes infinitos!
Puto que levei ao pediatra e que considero seriamente deixá-lo lá ficar: Não, ganhas tu, vezes infinitos mais setenta!
Nota mental: comprar um cão.

11 de fevereiro de 2008

asmo.org

"In an orgasm orchestra, the genitalia may be the instruments, but the central nervous system is the conductor."

Armed with new lab tools and fearless volunteers, scientists are getting first-ever glimpses of how the brain lights up (and, in places, shuts down) when the orgasmic fireworks go off.

Ok, onde é que eu me inscrevo?

5 de fevereiro de 2008

Lessons in life

All the dreams that we were building
We never fulfilled them
Could be better, should be better
For lessons in love

Level 42

Uma vez que os níveis de cafeína e nicotina no meu organismo há muito que ultrapassaram o limite do humanamente tolerável, disparando todos os alarmes biométricos e mais alguns (sou capaz de jurar estar neste momento a ouvir um persistente zumbido que se diverte a saltitar de um ouvido para o outro), resolvi espairecer e dar uma volta no parque.

Grande erro.

Pessoas felizes e mascaradas de mãos dadas, balofos de farta bigodaça (estes, por acaso, não mascarados) a filmar os rebentos, pais orgulhosos da filha que parece uma mistura de espanhola com Zorro a obrigá-la a uma pose quase interminável enquanto tentam enquadrar na mesma fotografia a ponte, a torre, a gaivota, o pinheiro, o céu e o cacete, apenas para a obrigar a repetir porque não ficou focado ou esqueceu-se de ligar a máquina.

O problema é que o espectáculo torna-se quão mais deprimente quanto mais nos revemos nele.

Para terminar, sou abalroado por um extremamente salivante cão tipo anúncio de papel higiénico, cria de um casal de corredores.

Peço imensa desculpa!... - apressa-se ele a dizer, tentando agarrar o bicho, enquanto ela gesticula freneticamente chamando o animal, que se afasta não sem antes me conseguir lamber o braço e deixar duas patadas enlameadas no casaco.

Não tem nada que pedir desculpa, pensei. Também eu já fui assim - jovem, feliz, apaixonado e com um cão muito independente. Aproveitem, continuei eu a pensar, passa depressa e acaba muito antes de nos apercebermos disso.

3 de fevereiro de 2008

Preto no branco

Se um homem mata um homem inocente, rouba as suas roupas e a sua lança e espada, a sua ofensa é mais grave que entrar num estábulo e roubar um boi ou um cavalo. A ofensa é mais grave, e o crime de nível mais elevado. Qualquer homem de bom senso sabe que é errado. Mas quando o assassinato é cometido ao atacar um país, não é considerado errado; é aplaudido e justificado. Será isso saber o que é justificado e o que é perverso? Quando um homem mata outro é considerado perverso e é punido com a morte. Assim, da mesma forma, quando um homem mata dez, o seu crime será dez vezes maior, e deverá ser punido com a morte dez vezes. Da mesma forma que um homem que mata cem homens deverá ser punido cem vezes mais pesadamente... Se um homem chama preto ao preto se for visto numa escala pequena, mas se chama preto ao branco quando for visto numa escala grande, então esse homem não distingue o preto do branco... Da mesma forma que um crime é considerado crime, mas um crime grande como o ataque a outro país é aplaudido enquanto acto justificado, poder-se-á dizer que se sabe qual a diferença entre justificado e perverso?

Mo Tzu (c. 479-381 a.C.)