4 de março de 2008

Uma questão de princípios

A propósito de uma coisa que agora não interessa nada, mas que está escarrapachada num post mais abaixo com um enorme sorriso idiota numa cara amarela, uma amiga perguntou-me: Mas e então os princípios?

Na altura evitei a resposta, até porque o empregado do café também parecia extremamente interessado em sabê-la.

Mas a resposta até é simples.

Os princípios, mais ou menos válidos, mais ou menos socialmente aceitáveis, são regras que servem para sustentar ou dar e manter a forma de uma determinada realidade - seja ela um estado pessoal, uma conduta, ou o que seja.

Servem como suporte a algo.

Quando esse algo se começa a desvanecer, desmoronar ou a esvair por entre as, por vezes, fracas (o que, no caso, é perfeitamente indiferente) ligações desses princípios, deixam eles próprios de ter razão de ser e, enfim, existência própria.

Também eles desaparecem no ar com aquilo para que existiram.

Concluindo, não fiz nada de mal, pois aquilo em função do que socialmente se poderia aferir a minha actuação como negativa, pura e simplesmente, já não existe. Em breve, nem no papel.

2 comentários:

Pseudo disse...

Concluindo, não fiz nada de mal - Noto aqui algum desejo de expiação pública? :P

gajo dos abraços disse...

Não pública, pá, mas dirigida a quem me interpelou de forma dúbia com a cena dos princípios.