28 de dezembro de 2007

Stonehenge

Apesar da conotação druídica do título, este post não tem necessariamente a ver com qualquer tipo de (mais uma) provocação pagã nesta quadra que atravessamos. Poderá, todavia, ter a ver com a cara de pau dos muitos que a celebram, mas quanto a isso cada um enfiará a carapuça que melhor lhe aprouver.

Há muitas e variadas maneiras de enfrentar os problemas, sendo que a mais fácil e a que inevitavelmente acaba por dar merda é ignorá-los - a coisa vai crescendo e, quando damos por ela, estamos literalmente afundados e/ou esmagados pela dita.

É claro que sempre há aqueles que nasceram sodomizados pelo nosso satélite natural, sendo que por qualquer ínvia e inexplicável razão acabam normalmente por se safar de situações complicadas, as mais das vezes criadas pelos próprios, que acabam por estoirar sobre qualquer outro infeliz incauto.

Agora, quanto ao título deste post.

Trata-se de mais um clip da mais famosa banda inexistente de todos os tempos, os Spinal Tap.

No momento anterior ao da actuação ao vivo, vemos o manager do grupo a entrar em parafuso com a artista que concebeu o cenário para aquela noite. Com razão, como divertidamente se pode verificar.

Depois, já quando a banda está a atingir o clímax da performance, precisamente do tema Stonehenge, dá-se a catástrofe; os músicos olham incrédulos para o manager, que lhes retribui placidamente um ar de confiança, paz e simpatia - profundamente contrastante não só com a sua atitude anterior com a designer, mas também com o flop do efeito pretendido.

Trata-se, sem dúvida, do momento mais marcante da cena: a capacidade humana de se borrifar para os outros e de ignorar os problemas, perante a iminência do desastre; tudo um misto de que se lixe/não há problema/não fui eu que fiz a merda/so what?...

Há quem se safe. Eu, não - embora muitas vezes não resista à tentação, ou não fosse errar humano.

Entretanto, sem mais delongas, Spinal Tap em Stonehenge.

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