4 de setembro de 2007

A culpa é dos pais

Sou um romântico incurável, como tal é com elevada preocupação que observo nos espaços públicos de lazer, designadamente jardins, parques e afins, a acentuada diminuição de casais na marmelada.

Isto leva-me a três conclusões:

  • a óbvia é que arranjaram outro lugar para melhor e de forma mais expansiva darem largas às suas efeverescentes libidos, provavelmente rodeados de caixas de cd's de música e de jogos de consola espalhados pelo chão num quarto de adolescente com mais equipamento electrónico do que o primeiro vai-e-vem espacial;
  • a segunda é que tal só acontece porque os pais largam às seis da manhã para o emprego e, tendencialmente, só tornam a pôr os olhos em cima da prole no fim-de-semana, e isto quando não trabalham em turnos esquisitos, dando-lhes assim rédea solta para fazerem o que quiserem, como quiserem, o tempo que quiserem;
  • a última, dramática, é que a ideia do jardim como lugar romântico para a troca de carinho e manifestação amorosa se deve, pura e simplesmente, à falta de outro espaço para praticarem a nobre arte do pinanço.
Ah, como mudam os tempos...

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